Buscape

terça-feira, 30 de julho de 2013

10 hábitos do motorista que fazem o carro 'beber' mais

Colunista Denis Marum lista maus costumes, como arrancar sempre.
Quer economizar no combustível? Livre-se desses 'vícios'.


41 comentários
gasolina palmas (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Maus hábitos ao volante e falta de cuidado com
carro  aumentam consumo de combustível
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Quando o assunto é consumo de combustível, não podemos perder de vista a manutenção periódica, a maneira de dirigir e o tipo de combustível.
Tem alguma dúvida sobre cuidados com o carro? Mande no espaço para comentários. As questões selecionadas serão respondidas em futuras colunas.
Veja a seguir dez principais razões que tornam o motorista um grande cliente do posto de combustíveis.

1) Esquecer das velas do motor
As velas fazem o mesmo papel do acendedor do fogão. Quem já não passou pela experiência de ficar apertando aquele botão e nada do fogo acender? E o cheiro de gás que fica dentro da cozinha?
Com as velas do motor acontece o mesmo: elas são responsáveis pela combustão da mistura ar-combustível que acontece dentro do motor.
velas do motor (Foto: Denis Marum/G1)Veja nova (à esq) e vela 'vencida'
(Foto: Denis Marum/G1)
Quando a faísca (arco voltaico que possui uma tensão de 20 mil a 30 mil volts) está fraca, parte do combustível não é queimada e acaba sendo expelida pelo escapamento.
Alguns problemas podem diminuir a vida útil das velas, como o desgaste interno do motor ou a correia dentada fora de ponto, mas o mais comum é a má qualidade do combustível.
Na grande maioria dos veículos, as velas devem ser substituídas a cada 20.000 km. No momento da troca, aproveite para verificar os cabos de velas. Consulte o manual do proprietário, para saber a especificação e o prazo recomendado para substituição.

carrinho do supermercado (Foto: Denis Marum/G1)Carrinho com rodas tortas faz a gente se
esforçar mais, certo? Com o carro é igual
(Foto: Denis Marum/G1)
2) Rodar com o carro desalinhado
Quem faz supermercado já viu este filme: o carrinho de compras “desajeitado, que está com as rodinhas tortas e faz você sentir no braço o esforço extra. Com seu carro acontece o mesmo: quando as rodas estão desalinhadas, o consumo aumenta muito devido ao esforço extra do motor, sem falar no pneu que acaba mais cedo.
Este problema ocorre quando você pega muitos buracos ou encosta as rodas na guia durante as manobras. Você percebe que as rodas estão desalinhadas quando o volante puxa para um dos lados.
Se o carro possui direção hidráulica, este sintoma fica menos perceptível. Por isso, é essencial  fazer a verificação do alinhamento da suspensão a cada 10.000 km.

3) Rodar com pneu murcho
Outro dia observava um posto de gasolina: ele possuía cinco bombas de abastecimento e apenas um calibrador de pneus. Este fato demonstra que, infelizmente, não temos o costume de calibrar os pneus. Porém, o consumo de combustível aumenta 15% para 4 libras a menos de pressão. Manter os pneus com a pressão correta, além de economizar combustível, prolonga a vida útil dos pneus e exige menos da suspensão e da direção.

4) Deixar de trocar filtros
Filtro de ar sujo impede a entrada de ar, assim, parte do combustível não será queimada devido à falta de oxigênio na mistura. O mesmo acontece com o filtro de combustível: quando entupido, ele também altera a relação ar-combustível, conhecida pelos técnicos como relação estequiométrica.
Os filtros têm um custo baixo e devem ser substituídos a cada 10.000 km. Se você pega estrada de terra com frequência, é bom verificar o filtro de ar a cada 5.000 km.

porta-malas (Foto: G1)Porta-malas virou depósito? Cuidado (Foto: G1)
5) Fazer do porta-malas uma dispensa
Muita gente faz do porta-malas do carro um “quartinho da bagunça”, transportando peso desnecessário e, consequentemente, fazendo o carro consumir mais combustível.
Outros motoristas, quando vão viajar, esquecem que no destino também tem supermercado e lotam o carro com engradados de bebidas, mantimentos, enfim, vários itens que poderiam ser adquiridos na cidade de destino.
Dar carona é uma atitude louvável, desde que seja para deixar outros carros na garagem, pois três pessoas a mais representam, em média, 200 kg de peso extra, gerando um aumento de até 20% no consumo.

bagageiro no teto (Foto: Denis Marum/G1)Bagageiro no teto pode ser útil, mas prejudica
a aerodinâmica (Foto: Denis Marum/G1)
6) Usar 'penduricalhos' no carro
As montadoras investem muito dinheiro para reduzir o coeficiente de aerodinâmica ou coeficiente de penetração (o Cx), que é um numero que indica o quanto a carroceria do seu carro oferece de resistência ao vento.
Alguns acessórios/bagagens que no teto dos veículos devem ser evitados:  racks, bagageiros, pranchas, bicicletas. Eles aumentam a resistência do carro ao vento. Isso também acontece quando deixamos os vidros abertos. Para ter uma ideia do que representa a resistência ao vento, experimente colocar a mão para fora da janela a 80km/h.
Nas picapes, o ideal é instalar uma capota marítima nas caçambas. Quando descobertas, elas também prejudicam o desempenho.

7) Ter 'pé pesado'
Se você fica ansioso pela luz verde no semáforo e se sente um piloto a instantes da largada, trate de mudar de personagem se quiser economizar combustível. Faça como a maioria dos taxistas: não dê arrancadas bruscas. Quando for sair com o carro, imagine que tem um aquário (com água) preso no teto do veículo e vá com calma para não "derrubá-lo".
Não estique as marchas: uma das funções do conta-giros do painel é dar subsídio ao motorista para conseguir a maior velocidade com a menor rotação do motor.
Outro indicador de que se está gastando muito combustível é quando as pessoas reclamam que ficam enjoadas ao andar com você ao volante. Isto acontece quando o motorista acelera e freia constantemente. Administrar o trânsito à frente é uma boa maneira de economizar: quanto menos você tiver que pisar no freio e usar a primeira marcha, menos combustível gastará.
Para fechar o assunto dos "pés pesados", quem possui carro automático deve procurar fazer com que ele mude a marcha com o aumento da velocidade e, não com o aumento da rotação do motor. Como? Ao sair, aperte o acelerador até a metade do curso e mantenha-o nesta posição: você perceberá que o veículo ganhará velocidade e trocará as marchas sem que precise pressionar mais o pedal do acelerador.

luz de injeção (Foto: Denis Marum/G1)Luz de injeção acesa: sinal de alerta
(Foto: Denis Marum/G1)
8) Ignorar a luz da injeção acesa
Se a luz da injeção acender no painel, corra para o mecânico, pois o sistema de injeção entrou em estado de emergência, ele detectou pane de algum sensor.
Para que o motor não apague no meio do trânsito, o módulo da injeção utilizará um valor médio de sua memória  para substituir a informação do sensor danificado, permitindo que você siga viagem. Porém, este recurso acaba gerando alto consumo de combustível.

9) Escolher caminhos com mais curvas e semáforos
Experimente empurrar seu carro com o volante reto, depois faça o mesmo com o volante todo esterçado. No segundo caso, o esforço será muito maior. Se você não mora em cidades grandes e tem a opção de escolher, evite caminhos com muitos semáforos, curvas e trânsito: nem sempre o caminho mais curto é o mais econômico.
Também não precisa passar calor, mas tem gente que anda sempre com o ar-condicionado do ligado: este acessório consome em media 15% a mais de combustível, use com moderação.

10) Usar combustível de má qualidade e 'confundir' o carro flex
Para economizar ao máximo, evite dividir o tanque entre etanol e gasolina: utilize um ou outro. Quando você mistura, o sistema de injeção perde um tempo para definir a relação ar-combustível ideal e, nesse intervalo, o consumo acaba aumentando. Prefira esperar o ponteiro chegar à reserva e encha o tanque com um deles.
No entanto, ainda que você siga todas dicas anteriores, a má qualidade do combustível poderá resultar em até 30% a mais de consumo.
densímetro na bomba do posto de gasolina (Foto: Denis Marum/G1)Densímetro na bomba de etanol
(Foto: Denis Marum/G1)
Se você utiliza etanol, dê preferência para postos que possuam o densímetro ao lado da bomba. Se prefere gasolina, a tarefa é mais difícil: não podemos generalizar, mas via de regra, a gasolina de má qualidade já é percebida na saída do posto. O motor fica com pouca potência, dá a impressão de que o pedal do acelerador fica "borrachudo"...
O mau cheiro nos gases do escapamento é outro indicador. Porém, não prejulgue o posto de combustível: o mau cheiro no escapamento pode ser um problema no catalisador.
Os equipamentos que fazem análise de combustíveis são caríssimos. Meus colegas engenheiros que me desculpem, mas aqui vai uma dica prática: na década de 70, quando íamos com nossos pais abastecer o carro, o cheiro da gasolina era muito forte, as pessoas que estavam dentro do carro ficavam nauseadas... A gasolina boa tem cheiro forte. Então, se você entrar em um posto de combustíveis e notar que o cheiro é forte o suficiente para incomodar, pode encher o tanque.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Porsche 911 Turbo Cabrio é flagrado em testes
Novo esportivo pode estrear até o fim do ano
Por Vitor Matsubara | 18/07/2013
A poucos meses do lançamento do novo 911 Turbo Coupé, a Porsche já volta suas atenções para a versão conversível.

Flagrado em testes no autódromo de Nürburgring Nordschleife, o esportivo será equipado com o mesmo motor boxer 3.8 com seis cilindros e injeção direta de combustível da versão Coupé. A versão Turbo tem 520 cv, 40 cv a menos que o Turbo S. Levando como base os dados de desempenho do Coupé, ele acelera de 0 a 100 km/h em 3,2 segundos (na Turbo o tempo é de 3,1 segundos) e chega aos 318 km/h nas duas versões.

Ainda não se sabe se o novo 911 Cabrio será lançado juntamente com a versão “fechada”, cuja estreia está marcada para o Salão de Frankfurt, em setembro.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Kia Optima é flagrado após facelift
Luzes diurnas de LED mudam de posição
Por Rodrigo Furlan | 15/07/2013
A Kia deverá lançar em breve o novo Optima. O sedã está passando por facelift e foi flagrado durante um de seus testes de velocidade no circuito de Nurburgring, Alemanha.



Como ainda apresentava bastante camuflagem, não é possível avaliar as eventuais mudanças visuais do modelo. A exceção fica por conta das luzes diurnas de LED, que mudaram de posição: saíram do para-choque e agora estão integradas aos faróis.



A grade dianteira também deverá aparecer reformulada, bem como as lanternas traseiras. Também são esperadas novas opções de motorização, mas ainda não foram divulgadas possibilidades.

domingo, 14 de julho de 2013

Peugeot 208 1.5 Allure - Prazer de dirigir

Novo compacto tem a missão de elevar o prestígio da marca francesa no mercado nacional. Espaço interno, estilo, consumo baixo e comportamento dinâmico são pontos positivos


Paulo Eduardo - Estado de Minas
Publicação: 08/06/2013 15:32 Atualização: 08/06/2013 16:31

Novo compacto tem a missão de elevar o prestígio da marca francesa no mercado nacional. Espaço interno, estilo, consumo baixo e comportamento dinâmico são pontos positivos (Fotos: Marlos Ney Vidal/EM/D.A PRESS)
Novo compacto tem a missão de elevar o prestígio da marca francesa no mercado nacional. Espaço interno, estilo, consumo baixo e comportamento dinâmico são pontos positivos
O 208 representa a redenção da Peugeot no mercado nacional. O carro faz sucesso em todos os mercados nos quais é vendido e a expectativa é que esse desempenho se repita no país. As vendas começaram em 13 de abril e já foram comercializadas 4.269 unidades até maio. A expectativa da Peugeot são 2,5 mil por mês. Os primeiros números superam a previsão. As linhas da carroceria são unanimidade. Difícil é não gostar. A grade frontal enorme, outrora característica da marca e apelidada de bocão, deu lugar a uma de dimensão reduzida; os faróis enormes ficaram menores e em sintonia com o conjunto. A linha de cintura é elevada no sentido da traseira, como a maioria dos modelos atuais. Os para-choques encorpados e arredondados arrematam o conjunto. O 208 usa a nova plataforma para carros compactos do grupo PSA. É a mesma do C3.



DENTRO O espaço é bom para as pernas no banco traseiro por causa da distância entre-eixos (ver ficha técnica) de carro médio e medida de conforto generosa. Ambos são fatores determinantes do aproveitamento do espaço interno. O senão é que ocupantes no banco traseiro com mais de 1,80m de altura esbarram a cabeça no teto.
Quadro de instrumentos sobre o painel e volante pequeno
Quadro de instrumentos sobre o painel e volante pequeno
Lá atrás há três cintos de segurança de três pontos retráteis, mas o fabricante economiza palito ao esquecer do apoio de cabeça central, que custa muito menos do que o cinto retrátil de três pontos. Nesta versão, o encosto do banco rebate totalmente. O ideal seria 1/3 e 2/3, pois assim um ou dois ocupantes podem ir lá atrás e ao mesmo tempo ser transportado objeto comprido. A capacidade do porta-malas é muito boa para um carro compacto. A versão testada é a mais completa, com motor 1.5 e o acabamento é benfeito.
Cinto de três pontos retrátil para todos atrás, mas falta apoio central de cabeça
Cinto de três pontos retrátil para todos atrás, mas falta apoio central de cabeça


DIRIGINDO Na maioria das vezes, concordo com as avaliações do Daniel Ribeiro Filho (ver avaliação técnica abaixo), mas desta vez divergimos. Ele não vestiu o carro. O 208 é um dos carros mais empolgantes de dirigir. O volante de diâmetro menor e a posição mais baixa dão um toque de esportividade e lembra o kart. A direção é leve e bem direta – ao menor movimento as rodas viram. Não há retardo de resposta. Para que o quadro de instrumentos seja totalmente visualizado, pois fica elevado em relação ao volante, este precisa ficar em posição baixa, que difere da qual estamos habituados. 
O sistema de suspensão foi calibrado para privilegiar o comportamento dinâmico e, por isso, as imperfeições do piso são transferidas para dentro em níveis aceitáveis. Entretanto, abusar nas curvas é com o 208. Entra e sai delas sem a menor cerimônia. O carro não prega sustos e está sempre sob controle do motorista. É puro prazer ao volante. Mas como nem tudo é perfeito, os engates do câmbio são barulhentos, nem sempre precisos, e a alavanca tem curso longo. Ao engatar a 2ª ou a 4ª marcha, o cotovelo esbarra no encosto do banco. A visibilidade lateral traseira é ruim por causa da coluna C muito larga. 
O motor 1.5 responde bem tanto nas acelerações quanto em retomadas. Não é brilhante, mas pela cilindrada o desempenho convence até com ar-condicionado ligado.
Teto solar panorâmico é um dos atrativos da versão Allure
Teto solar panorâmico é um dos atrativos da versão Allure


PÃO-DURO O 208 é avesso a paradas no posto de combustíveis. Na cidade, o consumo médio de etanol foi de 8km/l e de 9,5km/l com gasolina. Na estrada, a média atingiu 15km/l com gasolina e variou de 10km/l a 11km/l com etanol. Em todas as situações, o ar-condicionado estava desligado. No tanque cabem 55 litros, o que proporciona boa autonomia. Trata-se de um carro com características para rodar na cidade, fácil de estacionar, com baixo consumo de combustível e que desliza facilmente na estrada, além de ter linhas bonitas e agradáveis. A garantia é de três anos, sem limite de quilometragem.

Garras afiadas

AVALIAÇÃO TÉCNICA
Acabamento da carroceria
As portas têm pontos com desnivelamento entre si e a carroceria. O lado esquerdo da extremidade superior do capô interfere com a curvatura do para-lama na abertura ou fechamento e para acionar a alavanca de abertura é necessário abrir a porta do condutor, pois o mecanismo fica encoberto. A tampa traseira está descentralizada e a pintura contém vários pontos com impurezas. NEGATIVO
Lateral limpa e linha de cintura ascendente embelezam o conjunto
Lateral limpa e linha de cintura ascendente embelezam o conjunto


Vão motor
O capô tem ótimo ângulo de abertura e é sustentado por vareta manual. O motopropulsor preenche bem o vão, que é pequeno, mas o acesso à manutenção é razoável, exceto na parte posterior, onde invade a cobertura do painel de fogo. Os itens de verificação constante têm fácil identificação e manuseio e o leiaute do vão tem aspecto organizado. A insonorização em relação ao habitáculo é satisfatória. REGULAR

Altura do solo
Tem de série chapa protetora vazada sob o motopropulsor. Raspa eventualmente a aba inferior do para-choque dianteiro em saídas de garagem com desnível, assim como a parte central do chassi, com o veículo carregado, na transposição de quebra-molas salientes e curtos. REGULAR

Climatização 
É por comando manual. São quatro difusores de ar no painel, com ótimas vazão e angulação. A caixa de ar tem seis velocidades e são quatro as opções de direcionamento do fluxo. Está bem vedado. O sistema está muito bem dimensionado para a área do habitáculo e a tampa corrediça blindada evita a incidência solar e claridade através do teto solar. POSITIVO

Freios
A calibragem do ABS não é a ideal devido ao grande retardo de resposta sobre piso de baixo atrito (terra cascalhada e paralelepípedo úmido) em situação de emergência. O pedal de freio tem sensibilidade razoável e o freio de estacionamento atuou normalmente. Depois de uso constante em longa descida sinuosa, com frenagens fortes na entrada das curvas, a perda na resistência térmica foi aceitável. REGULAR

Câmbio
A qualidade de engate tem perda em precisão e maciez em algumas situações usuais e o curso da alavanca é longo. As relações de marchas/diferencial atendem a proposta dinâmica, mas com carga máxima exige trocas mais constantes. O trambulador é barulhento. Em 3ª marcha, a 60km/h, a rotação correspondente é de 2.700rpm; e em 5ª, a 110km/h, fica bem próximo do torque máximo, que é a 3.000rpm. REGULAR

Motor
A sua performance é normal para um 1.5 8V, mas sem brilho dinâmico. As retomadas de velocidade e aceleração são razoáveis. Porém, com carga útil máxima e ar-condicionado ligado e trafegando numa topografia irregular (cidade/estrada) o rendimento é apenas aceitável para sua cilindrada. A rumorosidade de funcionamento é baixa e o sistema flex funcionou bem. POSITIVO

Vedação
Boa contra água e poeira. POSITIVO

Nível interno de ruídos
O efeito aerodinâmico inicia-se a 100km/h e é crescente com a velocidade. Ao trafegar sobre piso de paralelepípedo, terra e asfalto ruim surgem vários ruídos no habitáculo. NEGATIVO

Suspensão
A estabilidade é muito boa, com ótima precisão e rapidez no contorno de curvas de raios variados, além de inclinação mínima da carroceria. O conforto de marcha está mal definido devido ao nível significativo da transferência das imperfeições do solo para dentro, fato que piora quando o veículo está carregado e com a pressão dos pneus indicada para essa condição. REGULAR

Direção
O sistema de direção com assistência elétrica tem reações muito diretas e leveza, digna de um veículo esportivo, sendo muito prática no uso urbano. Com o veículo em velocidade mais alta, em manobras de forte desvio com retorno à faixa original, requer mais experiência do condutor pela rapidez de resposta. A coluna de direção tem ajuste em altura e distância com bom curso, mas em várias configurações atrapalha a visualização do quadro de instrumentos, mesmo com as dimensões reduzidas do volante. REGULAR

Iluminação
Há luz de cortesia no porta-malas e no porta-luvas. No teto tem pequena lanterna próxima ao retrovisor com resultado discreto em iluminação e não tem spots integrados, sendo favorecido pelo teto de vidro. Os faróis têm construção com dupla parábola e apresentaram boa eficiência no baixo/alto e contam com o auxiliares de neblina no para-choque, mas não têm regulagem elétrica de altura em função da carga transportada. O quadro de instrumentos tem iluminação permanente. REGULAR

Estepe/macaco
O estepe, que tem a roda em aço e o pneu igual aos de uso, está instalado dentro do porta-malas. A operação de troca é normal, mas é necessário retirar as tampas plásticas de acabamento da cabeça dos parafusos com dispositivo que vem no kit de troca. POSITIVO

Limpador de para-brisa
Os esguichos no para-brisa são do tipo spray em V, com boa vazão e abertura. As palhetas varrem uma área satisfatória e apresentaram boa qualidade. O sistema no vidro traseiro é também eficiente em vazão e campo de visão. Não tem sensor de chuva e é fácil o acesso ao reservatório d’água instalado dentro do vão motor. POSITIVO

Alarme
A chave de ignição é codificada, do tipo canivete, e nela estão inseridas as teclas de travar/destravar. Somente a porta do condutor tem função um toque e o sistema antiesmagamento funcionou bem. Há proteção perimétrica das partes móveis, mas não tem a volumétrica contra invasão do habitáculo pela quebra dos vidros. REGULAR

Volume do porta-malas
O declarado é de 285 litros, o mesmo encontrado na nossa medição, com o banco traseiro na posição normal e a tampa do bagagito fechada.

Avaliações do engenheiro Daniel Ribeiro Filho, da Tecnodan
www.danieltecnodan.wordpress.com

sábado, 13 de julho de 2013

Ford New Fiesta 1.6 Titanium - Tirando onda de médio

Marca do oval azul passa a produzir no Brasil o hatch, que ganhou retoques no visual e pacote de itens de série tentador, mas acabamento é mais pobre e preço, salgado


Enio Greco - Estado de Minas


 (Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)

Quando se fala em carro com preço superior a R$ 50 mil logo se imagina um modelo médio, com maior espaço interno e acabamento diferenciado. Mas os tempos mudaram. Na onda dos chamados compactos premium, a Ford passou a produzir no Brasil o New Fiesta hatch, que vinha do México para cá com preço salgado, mas com fortes argumentos: boa qualidade e lista de equipamentos completa. Feito aqui, o hatch ganhou retoques no visual e continuou bem equipado, com eficiente conjunto mecânico, mas perdeu em qualidade do acabamento interno e o preço da versão completa é elevado. Motor e câmbio automatizado de duas embreagens são destaques do modelo, que é bom de dirigir.

Clique e veja mais fotos do carro!

RETOQUES O New Fiesta é um projeto global da Ford e ao ser produzido no Brasil incorporou mudanças estéticas aplicadas em outros modelos da marca. A principal diferença estética em relação ao que vinha do México está na dianteira, que ganhou a grade do tipo bocão, semelhante à do Fusion, com formato trapezoidal e barras paralelas cromadas. Os faróis espichados invadindo as laterais e o capô com vincos acentuados enfatizam a robustez e ao mesmo tempo reforçam o aspecto aerodinâmico, que segue pelo para-brisa de inclinação acentuada e teto em arco. A traseira tem vidro estreito, que prejudica a visibilidade, lanternas triangulares e barra cromada na tampa do porta-malas. A parte inferior do para-choque dianteiro é muito baixa e raspa em saídas de rampas.

Traseira mudou pouco  em relação ao importado, ganhando apenas spoiler mais largo e friso cromado (Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)
Traseira mudou pouco em relação ao importado, ganhando apenas spoiler mais largo e friso cromado


POR DENTRO O espaço interno é de compacto mesmo, com porta-malas seguindo os padrões da categoria. O banco traseiro tem encosto reclinável, mas não é bipartido e falta apoio de cabeça central e o cinto de segurança do meio é abdominal. Falhas significativas para um modelo que quer ser premium. Na frente, os bancos têm apoios laterais nos encostos, proporcionando relativo conforto, e o do motorista conta com ajuste de altura, favorecendo a posição de dirigir. Mas atrás o espaço é ideal apenas para dois e desde que não sejam pessoas muito altas, pois podem esbarrar a cabeça no teto. O túnel central no assoalho limita o espaço para as pernas.

ACABAMENTO É triste constatar que para ser fabricado no Brasil o New Fiesta teve que perder em qualidade no acabamento. Enquanto o modelo mexicano tinha painel revestido com material emborrachado, bem melhor, o brasileiro recebeu no lugar um plástico duro, que não tem aparência ruim, mas demonstra nitidamente queda no padrão. Isso sem falar na falta de zelo com a montagem, com encaixes malfeitos e folgas exageradas entre as peças. Os instrumentos têm fácil visualização, com elementos digitais e computador de bordo, além de indicador de marcha engatada. O volante tem boa pega e reúne comandos do som e controlador de velocidade.
Testamos a versão Titanium, a topo de linha, que traz um pacote de itens de série de fazer inveja à concorrência (ver lista de equipamentos na página 3). O hatch conta ainda com assistente de partida em rampa, que não permite que o carro retorne nas arrancadas em subidas.

Painel perdeu muito em qualidade com o uso de plástico duro (Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press)
Painel perdeu muito em qualidade com o uso de plástico duro


DESEMPENHO Outro destaque do New Fiesta é o motor Sigma 1.6 16V, com duplo comando variável e independente de válvulas. Ele traz de série o sistema de partida a frio Ford Easy Start, que elimina a necessidade do tanquinho, pois começa a aquecer o combustível antes de o motorista virar a chave na ignição. O desempenho é bom tanto na cidade quanto na estrada, pois o motor é esperto, com bom torque em baixas rotações. Acoplado a ele está a transmissão PowerShift, automatizada de dupla embreagem e seis marchas, que proporciona trocas suaves, sem trancos, favorecendo o desempenho. Tem a posição S, que deixa o carro ainda mais esperto, e a opção de trocas de marchas por meio de uma tecla no pomo da alavanca, que não é muito prática. As arrancadas e retomadas de velocidade são eficientes e o computador de bordo apontou uma média de consumo de 5,7km/l (cidade) e 8,5km/l (estrada) com etanol e 7km/l (cidade) e 13km/l (estrada) com gasolina.

VEREDITO O modelo tem direção com assistência elétrica, que favorece as manobras em baixas velocidades e garante segurança nas estradas. As suspensões foram bem calibradas, com boa estabilidade em curvas e relativo conforto de marcha, prejudicado pelos pneus de perfil 50, que contribuem para a transferência das imperfeições do solo para dentro. Mas o New Fiesta Titanium tem ainda de série os controles eletrônicos de estabilidade e tração, que deixam o motorista seguro em tocadas mais esportivas. O sistema de freios auxiliado pela eletrônica atuou de forma eficiente. Com tudo isso, o New Fiesta 1.6 Titanium se mostra um carro muito interessante, gostoso de dirigir e bem equipado, mas continua sendo compacto, com espaço reduzido e acabamento que não condiz com seu preço.
 

domingo, 7 de julho de 2013

CHEVROLET S10 X FORD RANGER X VOLKSWAGEN AMAROK

ELAS SÃO JOVENS, BONITAS, PRENDADAS E DE BOA FAMÍLIA. QUAL VAI OFERECER O MELHOR DOTE?POR PAULO CAMPO GRANDE | FOTOS: CHRISTIAN CASTANHO

Chevrolet S10 X Ford Ranger X Volkswagen Amarok


Vai longe o tempo em que o mercado de picapes brasileiro tinha apenas duas marcas: Chevrolet e Ford. Se não surgir mais nenhuma nova marca até agosto - entre as chinesas, há várias possibilidades (Great Wall, Effa, ZX Auto) -, quando a nova Ford Ranger chegar às lojas, ela terá de enfrentar pelo menos cinco rivais de peso: Chevrolet S10, Mitsubishi L200 Triton, Nissan Frontier, Toyota Hilux e VW Amarok. Aqui alinhamos a Ranger com a S10, que é a mais vendida do Mercado, e a Amarok, que foi a vencedora do teste comparativo que fizemos em nossa edição de abril. Neste novo confronto, as três concorrentes estão representadas por suas versões topo de linha, equipadas com motor diesel, transmissão automática, tração integral e cabine dupla, que, segundo as fábricas, são as configurações com maior volume de vendas. Além da avaliação na pista, atualizamos as cotações de seguro e peças no mercado. Acompanhe o resultado a seguir.


3 ° Chavrolet S10

Antes de a nova Chevrolet S10 chegar ao mercado, havia a suspeita de que sua antiga versão só se mantinha como líder do segmento porque custava menos que as rivais mais modernas. Com a renovação da linha, a liderança seria perdida. Lançada em março, a S10 tem se saído bem até agora, mantendo-se no topo do ranking. Mas agora ela terá de enfrentar a nova Ford Ranger, sua arquirrival, que também chega em nova geração, depois de um longo período sem renovação substancial.

No teste comparativo de abril, a S10 alinhou com Toyota Hilux, Nissan Frontier e VW Amarok e terminou em segundo lugar, perdendo apenas para a Amarok. A S10 é dona de um design moderno, que segue o novo visual da Chevrolet por fora e por dentro. Os pontos de identificação estão na grade dianteira bipartida, no capô e nos para-lamas encorpados e na cabine, na referência que faz ao Chevrolet Camaro no gabinete dos instrumentos. Seu pacote de equipamentos também tem virtudes, como ESP e cinto de segurança de três pontos para todos os ocupantes, incluindo quem viaja na posição central, no banco traseiro, entre os itens de série. Na Amarok, o ESP é opcional, mas, em compensação, há outros recursos interessantes, como controle de partida e de descida em rampas e ABS off-road.

Os pecados da S10 estão na qualidade percebida dos materiais de acabamento e no comportamento dinâmico. Apesar de contar com a direção precisa, a S10 tem suspensão que privilegia o conforto, deixando a carroceria solta demais, ao sabor da aceleração lateral, nas curvas, e dos estímulos verticais, das oscilações do piso. A VW também considerou o conforto a bordo, ao calibrar a suspensão da Amarok, mas deixou o conjunto mais firme, o que transmite maior segurança. O melhor compromisso entre conforto e dirigibilidade é o da Ranger

DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO

Direção leve, mas precisa. A suspensão deixa a carroceria muito solta. Freios são regulares.
★★★

MOTOR E CÂMBIO


Desempenho compatível com o segmento.
★★★★

CARROCERIA

Estilo moderno e acabamento de qualidade.
★★★★

VIDA A BORDO


A cabine é confortável, mas materiais de revestimento têm qualidade intermediária.
★★★★

SEGURANÇA

Conta com ABS, ESP
e duplo airbag de série. É a única com cinto de três pontos para todos os ocupantes.
★★★★

SEU BOLSO

Seu seguro
é ligeiramente mais caro que o das rivais.
★★★★


2° VW Amarok


Sem experiência no segmento de picapes, a VW cometeu o erro estratégico de lançar a Amarok, em 2010, sem opção de câmbio automático. No momento seguinte, porém, a fábrica pegou pesado e equipou a picape com câmbio automático de oito marchas com recursos de modo esportivo e trocas manuais e capacidade de se adaptar ao modo de condução do motorista. E, não satisfeita, incorporou ainda um diferencial central do tipo Torsen, dispositivo que nenhuma rival tem e que torna a Amarok apta a disputar uma prova de rali, e um pacote de sistemas eletrônicos que inclui controles de tração, de descidas e de arrancadas e freios ABS off-road, capaz de garantir ao motorista conforto e segurança em virtualmente qualquer situação. Ao volante, o motorista só precisa se preocupar com os pedais e com a direção, os demais comandos ficam a cargo da picape. A transmissão da força entre as rodas, por exemplo, é a Amarok que faz. Em condições ideais, ela divide o torque na proporção de 40% para a frente e 60% para trás. Mas, dependendo da aderência, ela pode enviar até 80% para um dos eixos. Por causa disso, a Amarok não possui seletor de modo de tração. A única possibilidade que o motorista tem é a de acionar o bloqueio do diferencial traseiro, para vencer uma dificuldade maior na estrada.

Há quatro meses, quando fizemos o comparativo anterior, a sensação era de que a Amarok estabelecia os novos limites do segmento. Mas eis que surge a Ranger, que, sem diferencial central e câmbio de seis marchas, demonstrou a mesma valentia no enfrentamento dos obstáculos, compensando suas "limitações" com o motor de cinco cilindros, 20 válvulas e turbo Garrett de geometria variável, que entrega volume maior de torque mais cedo, e uma robusta caixa de marchas Getrag. E em outras áreas, como dirigibilidade, é ela quem dita os padrões.

DIREÇÃO, FREIO
E SUSPENSÃO



Tem direção direta
e suspensão confortável. Freou bem.
★★★★

MOTOR E CÂMBIO


Rendimento na média da categoria. Tem oito marchas e diferencial central.
★★★★★

CARROCERIA


Seu design é atual
e a construção, sólida. Há excesso de plástico na cabine.
★★★★

VIDA A BORDO


Silenciosa. Visual interno monótono e com uso abusivo de plástico.
★★★★

SEGURANÇA

Tem diversos recursos, mas o ESP é opcional.
★★★★

SEU BOLSO

Mais barata. A oferta de seguro com preços promocionais durou até junho, mas no mercado a cotação ainda
é interessante.
★★★★★


1° Ford Ranger


Eu sempre respeitei o peso de uma picape, que chega a ser o dobro do de um automóvel, ao arrancar, frear e fazer curvas. No primeiro contato com a nova Ranger, porém, parece que havia me esquecido do sobrepeso característico: dirigi como se estivesse ao volante de um sedã, com segurança e confiança na medida para acelerar, frear e contornar curvas da mesma forma. Detalhe: nesse dia chovia forte, deixando a visão, a audição e as condições de aderência da pista prejudicadas. Já nos primeiros quilômetros, percebi que o ponto forte da nova Ranger é a dirigibilidade. Sua direção é leve, mas precisa e direta. E sua suspensão é eficiente sem ser desconfortável. A bordo das concorrentes Amarok e S10, também tenho a sensação de estar em um carro de luxo, mas isso acontece mais pelo ambiente da cabine (design, acabamento e conforto) que pelo comportamento dinâmico. Na Ranger, além do visual, aspecto em que os projetistas da Ford foram muito competentes, existem as reações do veículo. Vale ressaltar também a boa posição de dirigir, ajudada pelos bancos elétricos, que apoiam bem o corpo.

Além dessas características, que por si já valem o ingresso, a Ford tem outros atributos que a distanciam da concorrência. Em relação aos equipamentos, além dos controles de descida, de partidas e de tração da Amarok e do anti-roll e do ESP da S10, a Ranger conta com controle eletrônico de carga e de reboque. No capítulo segurança, aliás, a Ranger conseguiu cinco estrelas na avaliação da agência europeia Euro NCAP, enquanto a Amarok obteve quatro e a S10 ainda não foi avaliada. Segundo o instituto, a Ranger oferece o mesmo padrão de segurança global que um Mercedes-Benz ML, sendo que a Ranger é ainda melhor que o SUV em aspectos relativos à segurança dos pedestres, das crianças a bordo e dos sistemas auxiliares de proteção.

DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO 


Direção precisa e suspensão calibrada no ponto. Freios bons.
★★★★★

MOTOR E CÂMBIO

Tem motor de 200 cv e câmbio robusto.
Na pista, andou
ao lado das rivais.
★★★★

CARROCERIA


Design inovador
e acabamento de qualidade superior.
★★★★

VIDA A BORDO

Bem equipada
e confortável, é a que tem maior espaço para as pernas nas duas fileiras de bancos.
★★★★★

SEGURANÇA

Com recursos
como ESP e 6 airbags, recebeu cinco estrelas na avaliação do Euro NCAP.
★★★★★

SEU BOLSO
Tem seguro com preço promocional e bom custo-benefício.
★★★★★


VEREDICTO

A S10 é bonita
e bem equipada. A Amarok se destaca pela transmissão inteligente ecâmbio
de oito marchas epelopacote
de recursos eletrônicos.
Mas a Ranger é
a dona do melhor conjunto e supera as rivais no
estilo, além de exibir melhor comportamento dinâmico. É
a única com seis airbags de série e tem nota máxima no Euro NCAP.